
Foto: Eduardo Dias/CORREIO
Estava tudo bem com a família até que, na noite de sábado (29), Géssica saiu de casa para cobrar uma dívida de R$ 106 e nunca mais voltou. O dinheiro era referente a dois dias que trabalhou como cordeira no bloco da Banda Harmonia do samba, na sexta-feira e sábado de Carnaval.
A gestante foi espancada, esfaqueada e atingida por tiros pouco depois, na Vila Rui Barbosa, na Cidade Baixa. Depois, foi colocada em cima de uma porta velha de geladeira e abandonada na porta de casa.
Ao perceber a situação, a família acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que a socorreu para o Hospital do Subúrbio, mas Géssica não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.
Segundo os familiares, Géssica era uma pessoa discreta e evitava falar sobre sua vida. No entanto, antes de sair de casa, ela avisou que iria cobrar os R$ 106.
Irreconhecível
O CORREIO esteve na casa de Géssica na manhã desta segunda-feira (2) e conversou com dona Beatriz, que não imagina o que pode ter acontecido com a filha. Segundo ela, Géssica era usuária de drogas, mas não tinha envolvimento com o tráfico no bairro.
"Eu que criei Géssica, peguei ela para criar desde pequenininha, quando os pais dela morreram. Meu Deus, minha filha morreu. Não sei o que aconteceu com ela, só vi o corpo dela jogado na frente de nossa casa", contou a idosa, que revelou que a brutalidade dos autores foi tão intensa que ela não reconheceu a jovem.
Fonte:
Jornal Correio